1º DIA DO CURSO ESTADUAL DE FORMADORES E FORMADORAS EM ECONOMIA POPULAR SOLIDÁRIA
...............A discussão do grupo sobre "educação popular" deu-se a partir do trabalho conduzido por Helena (CAMP), que orientou a dinâmica do "joão bobo", com o propósito de exercitar a confiança no outro, o cuidado, o respeito ao limite do outro, vivencia a cirularidade, como extenção dos nosso grupos.
"A produção coletiva é capaz de fazer coisas que a produção para beneficio de uma pessoa não é capaz. Circularidade da lógica da educação popular."
...............A partir das sensações produzidas por este trabalho, o grupo iniciou a leitura do fragmento de texto grupo " Pedagogia da Esperança" de Paulo Freire, que foi socializado. A leitura produziu a seguinte reflexão:
"A prática da educação popular, relaciona-se com diferentes instituições, que buscam com esta forma de atuação a prática da ação coletiva, que independe de nossa vontade, pois estamos sendo cotidianamente convidados a praticar esta metodologia.
Perpaça pela conscientiação do indivíduo em relação a situação do mundo, não de forma a conduzílos a realizar determinada ação,
mas fazendo-o despertar para as ações favoreçem a vida no planeta.
De modo geral, percebe-se um dificuldade na forma de comunicar-se a partir da educação popular. Apropriar-se dos conceitos e questionamentos, e saber transmiti-los sem se sobrepor a coletividade, é um constante desafio.
Chama-se a atenção para o fato de todo/a
educador/a popular praticar o silêncio e aprender a escutar.
O educador popular, deve chegar no espaço e saber interpretar as falas, de modo a não submeter as expressões do grupo em detrimento da opinião do,
hora educador popular.
Esta educação deve, partir da metodologia da reciprocidade- aprender e ensinar, valorizar os saberes populares e exercitar o silêncio, de modo que o indivíduo senta-se convidado a contribuir com o processo de discussão/aprendizagem. O educador cala-se para fazer com que os integrantes do grupo vejam-se obrigados a falarem.
Existem saberes disntintos, em classes distintas- populares, universitários, doutores, camponeses, e é isso o que Paulo Freire identifica, dizendo que na sociedade tem uma disputa entre "quais os saberes é que realmente são valorizados". A educação popular procura resgatar estes saberes que ficam a margem da sociedade, sendo o conhecimento, um processo que não acaba nunca, ouvindo, escutanto, observando o que diz, como age, e por veze até o que não diz cada integrante do grupo, permintindo-se aprender a compreender o outro. A educação popular é o lugar de propor um mundo novo, disse Helena- CAMP.
Claudio Nacimento ( RECID) conclui a discussão dizendo que " a produção do conhecimento se dá pela autogestão, que não tem regras, é descoberta a partir da experimentação. A educação popular deve reconhecer as formas de linguágem do indivíduo, que não se restringe apenas a fala, mas as mais diversas, de acordo com a realidade com que estamos trabalhando e o cotidiano, pois não pode haver educação popular sem prática. O papel do educador popular é problematizar, fomentando o diálogo."